---
Na cadeira, sentado ele esperava, esperava um sinal, um sinal
que mostrasse que tudo tinha sido um sonho, um sonho que ele queria muito que
acontecesse, mas aconteceu mesmo.
Cada segundo, ele pensava, guardaria na sua mente, de uma
forma que ninguém pudesse tirar, a não ser o desgaste de sua mente pela
velhice, mas mesmo assim ele faria de tudo para na esquecer da alegria daquele
momento.
Ele sabia, não era ele lá, mas sabia que a emoção era de
parte dele. Ver aquilo levava ao ápice que qualquer sentimento já vivido, sabia
que sua vida receberia um novo sentido.
Sabia e consentia seu
novo papel, faltavam-lhe forças para levantar, para ver de perto, mas no mais
fundo do ser ele se preparou e foi, a cada momento seu coração batia mais
rápido, ele não tinha noção do que sentia, era mais forte que o primeiro beijo,
mais lindo que seu casamento, mais emocionante que a noticia, mais abrangente
que a espera, era chegada a hora, a hora que tudo vira, que o mundo virá a ser
mais diferente, não tinha palavras, ele estava feliz, e passava isso para quem
amava, amava tanto que o amor que sentia estava sendo devolvido de uma forma
tão sublime que ele perdia o chão.
Envolvia a mão de sua amada, sabia que a dor era menor que a
alegria compartilhada por ambos, e que naquele momento, via no último suspiro
daquele fato o primeiro daquele feto, que não era mais feito, nem mais feto,
nem mais outra coisa ao não ser seu filho, nasceu Gabriel Fernandes Alves, seu
primogênito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário