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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Apresentação e Desculpe pelos erros...

O Rato começou a publicar seus textos.

Criados ao longo do tempo e agora deixados públicos, os poemas, contos e inícios de livros que o Rato, em sua empreitada, acumulou como ensaios de sua imaginação.

Como é um começo, logo muito estarão com erros gramaticais, de concordância, cronológicos ....

Enfim, ajude o Rato comentando para que ele possa editar e revisar.

Espero que vocês gostem.

Agora voltando ao Queijo....

CONTO Nº6 - O AMANHECER [Contos Incompletos]



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Ela o via, aquela boca entre aberta encostada no travesseiro quase babando de tanto sono, estava cansada, todavia acordou mais cedo que ele. Ela sabia que ele precisava descansar a rotina daquele escritório; Recepcionista e Secretária, sedutora; 3 Colegas, um casado pela 2ª vez, um divorciado, um “solteiro” e todos homens; Chefe, alcoólatra. Não é necessário dizer que para ela aquilo era um inferno. “Você tinha que trabalhar logo lá?” “eu já disse, não gosto do jeito que a Susana te olha”.

Ele acordara.

- bom dia minha luz do amanhecer.

Ela pensava - sempre diz isso, ou coisas melhores, parece ter tido um sonho lindo, será que sonhou comigo, vou logo perguntar- e assim...

- Bom dia meu amor, sonhou comigo?

Ele tentava raciocinar, pois apagara e não sonhara nada, mas por amor a ela pensou numa resposta que a agradasse.

- Não há sonho melhor que a certeza de acordar com você ao meu lado
Ela não aguentou, o beijou, não tinha o que falar, ele era e sempre será seu príncipe encantado. Tinha preparado o café antes, estava somente esperando ele acordar.

Sabia que ele não tinha talento para palavras, ficou tão satisfeita com o que lhe dissera, era quase um milagre. Tinha ciúmes, quem não tem?, não gostava da secretária, mas tinha confiança, ele nunca lhe dera motivos, entretanto quando havia briga entre ambos ele fazia de tudo para ter a razão e ela apelava para os sentimentos, clássico.

Ela trabalhava em casa, não somente cuidava do lar, ele tinha um bom salário e ela somente tinha que gerir as poucas que a diarista fazia uma vez por semana ou menos, com o tempo livre, que não seria tempo livre para a maioria das mulheres comuns com esses privilégios, pois a mulher comum gastaria fazendo compras, indo ao salão e fofocando, ela não era assim, matava o ócio com o ócio digno, escrevendo um livro. 

Bem, na verdade depois que começou a fazer academia no próprio prédio onde morava decidiu fazer algo que suprisse o tempo que ganhara não indo ate uma academia mais longe.

Um livro, não é fácil fazer, principalmente quando você não tem certeza que tem o dom da escrita, o pior é depender de algo, um fato para apoiar um enredo, enfim, é complexo, ninguém, somente um maluco muito doido e com um dom extraordinário consegue se inspirar em uma cena romântica e de felicidade quando está passando por uma depressão. Ela não era assim, então se pode afirmar que o livro dela era um romance bem meloso de tititi pra cá e chuchuchu pra lá. Não é necessário dizer, mas digo; ela colocou a frase do marido no livro.

Ele não importava, com o livro, se importava com a felicidade dela, apesar de não gostar muito quando ela pega os manuscritos para pedir a opinião. Tentava, mas não podia resistir àqueles olhos de carência. O amanhecer partira, ele já também ira ao trabalho. Nesse dia, ela procurava se concentrar no livro tinha que encaixar aquela frase de algum jeito...

CONTO Nº5 - A PROPOSTA [Contos Incompletos]




Eu me considerava um cara de sorte. Namorava a garota mais linda do mundo, inteligentíssima, universitária(cursava Letras na Universidade Federal), falava quatro idiomas fluentemente, para completar o pacote, era música e sabia tudo de literatura.

Tínhamos tanto em comum que eu chegava a me assustar às vezes, desconfiava seriamente de que o meu pai, num momento de fraqueza carnal, talvez tivesse pulado a cerca e ela era mina irmã, coisa louca da minha mente. Não conseguia acreditar que aquela garota, a minha atual namorada, fosse providência divina.

 Víamos-nos duas vezes na semana, muito pouco para um casal tão apaixonado como nós, mas devido à vida corrida de ambos, era o que dava para fazer.

Íamos para o décimo mês de namoro, eu a amava muito, não conseguia me imaginar sem ela, tinha a certeza de que o esse sentimento era recíproco.

Decidi adiantar o nosso futuro. Muito certo do que eu queria, peguei uma parte das minhas economias e comprei um anel, o mais bonito de todos, segundo a atendente da loja.

Marquei um jantar romântico com a minha amada, eu mesmo cozinhei, até que o fazia bem, modéstia parte. Fiz o seu prato favorito, strogonnoff de camarão.

Estava ansioso, não sabia se escondia o anel de noivado no bolinho de sobremesa ou se o escondia na bandeja, assim que ela levantasse a tampa tcham-ram! eu a pediria em casamento.

Não preciso dizer que as coisas não saíram como eu esperava, ensaiei o que dizer em frente ao espelho, mas na hora da verdade, a gente acaba improvisando, ou melhor, torcendo pra ser bom no improviso.

Se sentados à mesa, jantando a luz de velas, estávamos a minha amada e eu, vi em seu rosto que ela comia com prazer, nunca vi alguém tão apaixonada por camarão! Terminamos o jantar, recebi o merecido elogio, fomos para a varanda.

 A lua estava linda, parecia maior que o comum, no bolso da minha calça tinha uma caixinha, esperando a hora certa para ser retirada. Não sabia como fazê-lo, nessas horas batem uma insegurança, “e se ela me disser ‘não‘?”, só conseguia pensar nisso. Será que isso acontecia com todos os homens ou era só comigo?

Ela se inclinou um pouco na varanda para ver melhor a lua, eu tinha de aproveitar aquela oportunidade. Sem pensar duas vezes, peguei a caixinha do meu bolso com a mão esquerda, meio desajeitado, e com a direita virei o rosto dela pra mim.

A cara de surpresa dela fez acelerar ainda mais o meu, já bastante acelerado, coração. Por um instante senti as palavras sumirem da minha boca. Respirei fundo, não podia ‘dá pra trás’. Abri a caixinha, a luz da lua refletiu no anel, eu queria dizer alguma coisa bonita, mas o que saiu foi uma sequencia muito acanhada de palavras, me recordo como se tivesse acabado de dizê-las: “ Cecília, eu te amo demais, tenho a certeza de que o meu futuro só terá sentido se for com você, quero caminhar ao seu lado por toda a eternidade, construir com você uma vida bonita,cheia de amor e alegria. Você aceita, Cecília, ser para sempre o meu bem querer, a minha amada imortal, a mãe dos meus filhos, a única mulher em minha vida, aceita?”.

Falei isso olhando bem dentro dos olhos dela, a cada palavra dita, a minha amada se desmanchava em lágrimas, cheguei a pensar que talvez estivesse falado alguma besteira. Mas depois percebi que aquelas lágrimas eram de felicidade. Minha amada se jogou em meus braços e me beijou como nunca. Aquele ato foi um autêntico sim! Ela me disse sim, com todas as letras, em todas as línguas possíveis, um sim! Gesticulado, cantado, dançado, chorado! Um sim! O melhor presente da minha vida!

Noivamos, queríamos nos casar o quanto antes, mas nossos pais nos fez esperar, marcamos o casamento para dali a um ano. Estávamos muito felizes, compramos todo o enxoval, alugamos nosso pequeno apartamento, demos entrada no nosso carro.

O grande dia chegou. Igreja lotada, meu coração aos galopes, minha amada noiva, e futura eterna mulher, estava lindíssima, entrou na igreja com passos apressados, como quem tivesse medo de que tudo aquilo fosse um sonho e acabasse acordando a qualquer hora sem ter me dito o “sim” no altar.

Depois da festa, seguimos para o aeroporto, pegamos o voo...

CONTO Nº4 - PRIMOGÊNITO


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Na cadeira, sentado ele esperava, esperava um sinal, um sinal que mostrasse que tudo tinha sido um sonho, um sonho que ele queria muito que acontecesse, mas aconteceu mesmo.

Cada segundo, ele pensava, guardaria na sua mente, de uma forma que ninguém pudesse tirar, a não ser o desgaste de sua mente pela velhice, mas mesmo assim ele faria de tudo para na esquecer da alegria daquele momento.

Ele sabia, não era ele lá, mas sabia que a emoção era de parte dele. Ver aquilo levava ao ápice que qualquer sentimento já vivido, sabia que sua vida receberia um novo sentido.

Sabia e consentia seu novo papel, faltavam-lhe forças para levantar, para ver de perto, mas no mais fundo do ser ele se preparou e foi, a cada momento seu coração batia mais rápido, ele não tinha noção do que sentia, era mais forte que o primeiro beijo, mais lindo que seu casamento, mais emocionante que a noticia, mais abrangente que a espera, era chegada a hora, a hora que tudo vira, que o mundo virá a ser mais diferente, não tinha palavras, ele estava feliz, e passava isso para quem amava, amava tanto que o amor que sentia estava sendo devolvido de uma forma tão sublime que ele perdia o chão.

Envolvia a mão de sua amada, sabia que a dor era menor que a alegria compartilhada por ambos, e que naquele momento, via no último suspiro daquele fato o primeiro daquele feto, que não era mais feito, nem mais feto, nem mais outra coisa ao não ser seu filho, nasceu Gabriel Fernandes Alves, seu primogênito.

CONTO Nº3 - UMA JÓIA NO FUNDO DO BAÚ



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No ônibus ele pensava, pensava na vida, na história que ele escreveu com cada fôlego de sua vida, sabia, cada vida que é vivida uma nova história se cria, era meio poeta, meio doutor. Tinha, como todos, suas qualidades, seus defeitos. O pior defeito era a falta de memória, por causa disso, sempre que arranjava tempo, relembrava as coisas de seu passado, um exercício para a memória, vira isso numa revista, achou uma forma de manter a memória em dia. Sem carro, era chato andar de ônibus, apesar de sempre o fizer, deveria está acostumado, mas não, toda vez olha para a janela de dos carros e pensava, “como queria está dirigindo esse ai”, mas era grato, sabia que apesar de tudo, poderia ficar mais perto das pessoas, no carro sentiria só. O que, gostava mais era ver o comportamento as pessoas, o rosto de cada um, ele queria saber o que elas pesavam. A expressão de cada olhar, de cada face, adoraria saber reproduzir em uma tela algumas delas, poderia até fazê-lo, era fotografo, mas era tímido. Hoje algo de especial, viu, focou, fitou, não parou de olhar a garota sentada no fundo do ônibus ou baú, como todos chamavam na cidade, estava com a câmera, estava sem coragem, a garota, claro já tinha percebido, e ela ficava tentando fugir do olhar dele, impossível, os olhos dele sempre a encontrava. No fim chegou perto, ela encolheu-se toda, medo, ele sentia, até que falou, disse que era fotógrafo e que a achou muito bonita e queria tirar um foto, apesar de não trabalhar com modelos e tudo, seu trabalho era fotografar políticos e festas de ricos, ele odiava, queria algo espontâneo, e viu nela, vencendo o medo ela aceitou, ele tirou, pegou o e-mail passou a foto, conversou, namorou, casou e na legenda da foto na sala da casa deles estava escrito “uma joia no fundo do baú”

CONTO Nº2 - NOTAS DE INVERNO



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Brasília, 21 de junho de 2009

Como tudo em Brasília estou seco, cansado e pensativo. Isso é bom. Não costumo escrever muito, só o essencial. Por algum motivo, eu não sei, estou a escrever essa nota. Não que eu queria notar algo, mas eu tenho que descarregar essa vontade de expressar o que estou sentido, mesmo que não seja nada. Só escrevo, motivo do nome notas de inverno é por que, por mais estranho que pareça para quem está numa época de secura, é inverno no hemisfério sul. Esses modelos europeizados, eu não gosto. Pronto já passou a vontade depois eu volto a escrever outra coisa, se der vontade.

Brasília, 23 de junho de 2009

Aconteceu de novo, em plena terça-feira eu estou aqui a passar um tempo escrevendo coisas que saem ao vento. Não sei por que faço isso. É estranho, mas devo admitir que eu dormir bem melhor no domingo passado só porque passei uns 4 minutos escrevendo por que estou escrevendo. É legal mais já passou a vontade, vou dormir.

Brasília, 24 de junho de 2009

Espero que não vire rotina, mas estou até gostando disso. Quanto será que um escritor ganha? Eu tenho que aproveitar a inspiração, mas escrever o que, vida, fantasia e tantos gêneros. Pronto estou com sono perdi a vontade, tenho tanta coisa para fazer amanhã...vou dormir
P.S. por que estou escrevendo o que vou fazer, será que o leitor gosta de saber como o escritor se comporta? Resposta: Não sei só sei que estou com sono

BSB, 25/06/09

Estou cansado hoje não quero escrever mais nada

Brasília, 26 de junho de 2009

Isso ta parecido com um blog, só que ninguém vai dar pitaco, mas se eu publicar...não sei, só sei que hoje eu encontrei de novo com ela, que garota, eu tou xonadão. Perai, ponto aqui. Isso aqui vai parecer um diário, eu odeio diários, rapaz tou já a 5 dias escrevendo um diário, aff eu vou deixar isso de lado.

Brasília, 22 de setembro de 2009

Eu voltei, sei,sei passei um tempão sem escrever. Bom, algumas coisas aconteceram nesse período, lembra da garota, ainda tou apaixonado, mas sei que não poderei está presente na vida dela, ela ama outro, um visinho, ele é legal. Eu acho que to sobrando, amanhã é o aniversário dela. Hoje é o último dia de inverno, nada melhor que terminar minhas notas com um poema, é eu tou apaixonado mesmo então uma despedida:

No último suspiro de minha razão peço
Que as loucuras que fiz para te ter ao meu lado
O vento leve, e assim eu esqueço
Você estará no meu passado a partir desse fim de inverno